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De N​ã​o Ter Tempo LP | 2014

by Um Corpo Estranho

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1.
Império dos Corvos (Letra e Música: João Mota e Pedro Franco) A chama morreu ou fui eu que gelei? Há um tanto de coisas que eu não sei. A luz que brilhava extinguiu-se E quem a seguia perdeu-se. Derramou-se o vinho no chão Ninguém aprendeu a lição. Içou-se a bandeira e o vento cessou E já nem o galo cantou Os corvos disputam Pelo escasso que brilha Os lobos devoram A própria matilha E a quem nos cabia guiar Desertou para outro lugar.
2.
Resto Zero 02:55
Resto Zero (Letra e Música: João Mota e Pedro Franco) Já choveu, Já houve tanto que passou, Que o mundo também se cansou E tudo o que era bom desapareceu. Já partiu, E o que era de ontem terminou E tudo aquilo que sobrou Não chega a atenuar o meu fastio. Já é tarde Para chorar o que se perdeu E se até o herói cedeu Ao ardil do cobarde… E para mais, Perdi o fio à equação Tornei-me na subtração Da soma de tantos totais. Já choveu, Já houve tanto que passou E tudo aquilo que sobrou Já nem chega a ser meu, Já nem chego a ser eu.
3.
Auto Coação (Letra e Música: João Mota e Pedro Franco) A lutar por defeito, A caminhar às cegas, De punhos fechados, A combater fantasmas. De dentes cerrados, Amordaçava a mente, E olhava o abismo A calcular a queda. Eu tinha o peito feito, Num erro perfeito. Eu tinha o peito feito a treva Vi que no tempo em que estive em paz com a solidão, Estive enganado sob a minha auto coação. A noite afogada No canto de um balcão, Onde eu destilava O meu coração. Invocava infinitos, A bem de me esquecer A remota morada Onde te quis perder. Eu dormia no fundo Do ventre do mundo, Dormia no fundo De um sono profundo. E Rugia do fundo Da boca do mundo, Rugia de fundo.. (A tua voz a combater para não morrer).
4.
Amor Em Contramão (Letra e Música: João Mota e Pedro Franco) Dizes que a vida te foge, que tens medo Que um dia te arrependas de voltar atrás Eu finjo dar importância ao teu lamento E uso falsos argumentos para que não te vás. Toda gente te avisou de que eu não presto, Que me viram por aí com outras mulheres, Que eu tenho má bebida que não sou honesto, Mas quanto mais eu saio da linha mais tu me queres Andamos já há tanto tempo em contramão No engano de contrariar a solidão, Mas ninguém pode ser feliz, como se diz, Numa prisão. Ambos entrámos neste jogo para perder, Nunca existiram trunfos nem batota, Mas não viemos dar à praia para morrer E quem sempre correu por gosto não se esgota E se um dia todas as portas se fecharem, Havemos de encontrar uma janela, Para nos rir-mos do mundo através dela.
5.
Telhados de Vidro (Letra e Música: João Mota e Pedro Franco) Quando a noite desceu E a luz se extinguiu, O corpo que no fogo adormeceu Acordou no frio. Na boca branda agora um punhal feroz A romper o que resta de nós. Ao lançar da primeira pedra, Qual de nós foi atingido? Quem se esqueceu que o seu telhado Era de vidro? O coração é um vilão traiçoeiro, Como um lobo na pele do cordeiro. Sob um fogo cruzado destruímos o paraíso Dançam demónios no lugar que eu vi habitar o teu sorriso Hoje somos os escombros de um lugar que não resistiu E o pilar que sobrava ruiu. Quem, porém, desertou? Quem tem andado a monte? E, de tanta sede, acabou Por secar a fonte? Foi no teu leito que o meu sonho caiu. E expirou no teu peito vazio
6.
No Fim Tudo Está Bem (Letra e Música: João Mota e Pedro Franco) Eu não sei quem foi Que sonhou com um tempo melhor , Que lutou por ter uma voz Que há muito se calou. Fui tolo em pensar Que existia um desejo em mudar, Que ainda havia pernas para andar Num mundo de pernas para o ar. E no fim, tudo está bem Assim se possa contar. Que ao menos sirva a alguém Quando tudo acabar. No ventre de deus Já não há lugar para os seus, Já não há divino nem pagão A colorir os céus. Resta-nos sorrir Ao inferno está para vir. Se o diabo teima em existir aqui, Seja assim. E no fim, tudo está bem Assim se possa contar. Que ao menos sirva a alguém Quando tudo acabar. E no fim, tudo está bem Assim se possa contar… Haja quem possa contar.
7.
Matéria de Combustão (Letra e Música: João Mota e Pedro Franco) O corpo ferve e falha-me a razão, O teu peito borboleta a latejar na minha mão . Não é do frio, é um arrepio a calibrar O ritmo alucinado da pressão ventricular Palavras leva-as o vento E o vento nasce dentro de mim. Não me peças para falar, Que a boca sabe o que carece de atenção. Não tenho nada para te dar Mais que a matéria necessária à combustão. Eu finjo entrar nesse teu lar de solidão Se tu me prometeres que vais fingir nunca ficar Que eu sou do vício, um artifício ao coração E um coração assim não tem lugar.
8.
Não Tenho Tempo Para Esperar Por Mim (Letra e Música: João Mota e Pedro Franco) “Espera, que o dia há de chegar” E eu desespero por esperar, Por não saber o que me espera. Traço o meu rumo à direcção Que me obrigar a inquietação, Assim o coração prospera. E prendo-me, à luz do que me é anterior, Nada me diz que o amanhã será melhor. E a tudo o que é breve eu digo que sim, Não tenho tempo para esperar por mim.
9.
Corpo Estranho (Letra e Música: João Mota e Pedro Franco) “Tens a vida á tua frente” Disse-te por seres criança E eu andei cego e dormente, Vivia a perder a esperança. Esperei tirar tudo a limpo Desfiar o meu engano Ao viver dessa miragem Não me tornei mais humano. Encobri-me de silêncio E o meu canto ensurdeceu Tornei-me num corpo estranho Que alguém diz que fui eu (morreu).
10.
Vem – Além de Toda a Solidão (Compositor: Letra De Pedro Ayres Magalhães – Música De Pedro Ayres Magalhães/Rodrigo Leão/Gabriel Gomes) Vem, Além de toda a solidão, Perdi a luz do teu viver, Perdi o Horizonte. Está bem, Prossegue lá até quereres, Mas vem depois iluminar Um coração que sofre. Pertenço-te até ao fim do mar. Sou como tu, da mesma luz Do mesmo amar. Por isso vem porque te quero consolar. Se não, está bem, Deixa-te andar a navegar.
11.
Água de Fazer Esquecer (Letra e Música: João Mota e Pedro Franco) Agarra a minha mão que eu pouco mais tenho a dizer E enche a minha taça que hoje bebo por prazer. Inebria -te tu também, Hoje não estamos para ninguém E ébrio o coração pode deitar tudo a perder. Não consideres, bem ou mal, O desejo é acidental. O corpo nunca mente nem se prende na moral. Baixa a tua guarda e mata a tua apreensão, Porque amanhã voltamos a ser escravos da razão. Não me tomes pelo vilão, Não sou pior que a solidão E a noite não protege quem se rege pela razão Molha os lábios nesta água de fazer esquecer Porque amanhã é tempo do mundo nos corromper… Porque amanhã há tempo para o mundo nos corromper.
12.
Valquíria 04:15
Valquíria (Letra e Música: João Mota e Pedro Franco) Na tua boca mil demónios bramam Laminas cegas e sentenças. Falta-nos luz para ver o quadro inteiro, Falta furar o nevoeiro. Ver o teu ar de valquíria desarmada Na escassez de um inimigo. O meu inverno acabou contigo Quebrou a tua espada. Sobrou vinho azedo nos teus lábios E eu dei-te de beber sem restrição Até que te perdeste do meu rasto E eu fiquei tão fora de mão. A noite teceu-te um vestido de apatia Que o meu peito repudia E ver o teu ar de valquíria desarmada Chegar ao fim da estrada, Chegaste ao fim da estrada.

about

Ilustrações por Sérgio Marçalo (5:AM)
www.facebook.com/Five.AM26

credits

released February 17, 2014

“De Não Ter Tempo”

Ficha Técnica:

Corpos Estranhos:

Pedro Franco: Guitarras, Banjo, Serrote Musical, Theremin, Percussões e Voz
João Mota: Voz, Guitarras, Ukulele e Percussões

Corpos Ensemble:

Rui David: Bateria e Programação
Sérgio Mendes: Guitarras e Lapsteel
Vítor Coimbra: Baixo e Contrabaixo

Corpos de Honra:

Celina da Piedade: Acordeão (No Fim Tudo Está Bem, Telhados de Vidro)
Alex Gaspar: Serrote Musical (Império dos Corvos, Valquíria)
Paulo Cavaco: Melódica (Não Tenho Tempo Para Esperar por Mim)

“De Não Ter Tempo” co-produzido por Rui David e Um Corpo Estranho
Gravado em: RD Estúdios/Setúbal; Cabeção/Alentejo e Brejos do Assa/Setúbal
Captação: Rui David, Sérgio Mendes, Pedro Franco e João Mota
Mistura: Rui David
Design e Ilustração: Sérgio Marçalo aka 5:AM
Fotografia: Rui David

Todas as músicas e letras compostas por João Mota e Pedro Franco, à exceção de “Vem – Além de Toda a Solidão” (Letra de Pedro Ayres Magalhães - Música de Pedro Ayres Magalhães/Rodrigo Leão/Gabriel Gomes).

Low Cost Films - antonioaleixo.pt.vu, www.lowcostfilmes.pt.vu

Garagem – www.facebook.com/garagemprod?fref=ts

João Bordeira - vimeo.com/joaobordeira

Experimentáculo Associação Cultural - www.experimentaculo.org

5:AM - www.facebook.com/Five.AM26

Um Corpo Estranho Agradece:

Rui David, Sérgio Mendes, Vítor Coimbra, Ricardo Ventura, Gonçalo Santos, Celina da Piedade, Alex Gaspar, Paulo Cavaco, António Aleixo & Low Cost Films, Mário Guilherme & Pedro Semedo - Garagem Produções, Pedro Soares & Experimentáculo Associação Cultural, Ricardo Mondim, Sylvain Peker, Inês Sobral, José Cruz, NMusic, Michelle Vieira, David Benasulin, Susana Borges, Pedro Ayres Magalhães, Henrique Amaro, Sérgio Marçalo, Ana Teresa Fernandes, Shahryar Mazgani, , Ana Polido, João Bordeira, Teatro Fonte Nova (Setúbal), PIA - Projectos de Intervenção Artística, Associação Cultural Capricho Setubalense.

João Mota Dedica:

À minha família, que são a minha casa, o meu porto seguro. A todos quantos coabitam na minha vida aos quais tenho a honra de chamar de amigos.

Pedro Franco Dedica:

À minha família e Inês Sobral pelo seu amor e extrema dedicação a este projecto. Ao nosso filho que está para nascer. Sê bem vindo!

www.umcorpoestranho.com
www.facebook.com/umcorpoestranho

Um Corpo Estranho 2014

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Um Corpo Estranho Portugal

João Mota e Pedro Franco surgem como contadores de anti-estórias e são eles as duas metades deste agente sonoro que, em pleno processo simbiótico, se propõe alojar nos nossos ouvidos com a intenção assumida de nos legar alguns fantasmas que acreditam ser comuns a todos. ... more

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